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100 Escovadas Antes de ir Para Cama - Melissa Panarello

01/05/2011 02:43

 

Mas eu tinha confiança nele, talvez fossem pensamentos devidos à inconsciência daquele momento mágico. Aquelas ruazinhas que me davam tanto medo levaram-nos até uma clareira que dava para o mar. Era possível ouvir as ondas que espumavam nas margens. Havia umas rochas brancas, lisas e grandes: logo imaginei para que poderiam servir. Antes de chegar, tropeçamos mais uma vez; ele puxou-me para si aproximando o rosto, roçamos os lábios um do outro sem beijá-los, sentindo nossos cheiros e ouvindo nossas respirações. Nos aproximamos e devoramos nossos lábios, chupando, mordendo.
Nossas línguas se encontraram: a dele era quente e macia, me acariciava por dentro
como uma pluma, mas me fez sobressaltar. Os beijos esquentaram, até que ele
perguntou se podia me tocar, se era o momento certo. Sim, respondi, é o momento. Ele parou quando descobriu que eu estava sem calcinha, ficou parado alguns segundos
diante da minha carnuda nudez. Depois senti seus dedos que esfregavam aquele vulcão
em erupção. Disse que queria saborear-me.
Sentei em cima de uma daquelas pedras e sua língua acariciou meu sexo como a
mão de uma mãe acaricia a face do recém-nascido: devagar, suave, eu sentia o prazer
inexorável e contínuo, denso e frágil ao mesmo tempo, a me derreter.
Ele se levantou e me beijou. Eu senti meu sabor em sua boca, senti que era doce.
Eu já tinha roçado seu membro várias vezes: estava duro e grosso debaixo do jeans: ele se desabotoou e ofereceu seu pênis. Não, eu nunca tinha estado com um homem
circuncidado, não sabia que a glande já ficava de fora, que se apresenta como uma ponta lisa e macia da qual eu não podia me impedir de chegar perto.
Levantei-me e, chegando perto de sua orelha, sussurrei:
- Me fode.
Ele também queria e me perguntou, enquanto eu saía da minha posição
ajoelhada, com quem eu tinha aprendido a chupar assim, que o tinha enlouquecido com
a minha língua de serpente.
Disse para eu virar de costas, com a bunda bem à mostra. Primeiro examinou-a,
eu achei esquisito aquele gesto, mas seu olhar pousado em minhas curvas me excitou
toda. Esperei a primeira metida com as mãos apoiadas na pedra fria e lisa. Ele se
aproximou e mirou o alvo. Quis que ele me dissesse de que maneira eu estava me
oferecendo: uma putinha de primeira. Dei um gemido de concordância que foi acompanhado de uma metida bem dada, seca. Depois me afastei daquele delicioso quebra-cabeça e, olhando para ele, implorante para senti-lo dentro de mim outra vez, disse que esperar alguns minutos antes de possuirmos um o corpo do outro intensificaria nosso prazer.
- Vamos para o carro - falei -, ficaremos mais confortáveis.
Atravessamos novamente o obscuro labirinto, mas dessa vez eu não tinha mais
medo, sentia meu corpo atravessado por mil pequenos espíritos que se divertiam a me
perseguir e a me fazer sentir ora angustiada, ora eufórica, de uma euforia inefável.
Antes de entrar no carro, olhei de novo os nomes escritos no portão e sorri, deixando
que ele entrasse primeiro. Despi-me logo, completamente, queria que cada célula de
nosso corpo e de nossa pele ficasse em contato com a do outro e trocasse sensações novas, exaltantes. Sentei em cima dele e comecei a cavalgá-lo em metidas suaves e ritmadas alternadas com outras secas, duras, severas. Lambendo-o e beijando-o, ouvia seus gemidos. Seus gemidos me fazem morrer, perco o controle. É fácil perder o controle com ele.
- Somos dois dominadores - disse ele a certa altura. - Como faremos para
dominar o outro?
- Dois dominadores se fodem e gozam um de cada vez - respondi.
Aumentei o ritmo e magicamente agarrei aquele prazer que nenhum homem
antes soube me dar e que só eu mesma consigo obter. Senti espasmos por todo lado, no sexo, nas pernas, nos braços, até no rosto. Todo o meu corpo era uma festa. Ele tirou a camiseta e senti seu peito nu e áspero, quentíssimo, em contato com meus seios brancos e lisos. Esfreguei os mamilos naquela descoberta maravilhosa, acariciei-a com ambas as mãos para fazê-la totalmente minha.
Depois desci pelo seu corpo e ele me disse:
- Toca nele com o dedo.
Toquei, espantada, e vi seu membro lacrimejar. Instintivamente aproximei a
boca e engoli aquele que é o esperma mais doce e açucarado que já experimentei.
Ele me abraçou por alguns instantes, e durante esse tempo que me pareceu
imenso tive a impressão de tê-lo todo ali comigo. Em seguida, apoiou com carinho a
minha cabeça no banco enquanto eu estava ali, nua, encolhida enrodilhada e iluminada
pela lua.

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